Guarda florestal
Thiago reisMuito embora sendo filho do sertão
Deixou sua foice e o velho machado
Pra ser um soldado e servir a nação
Cansado de ver a floresta tombando
O povo anunciando o prenuncio do mal
Estivas de toras e grandes queimadas
Ele se tornou um guarda florestal
Jurou a bandeira prestou compromisso
Luta e sacrifício foi sua jornada
Dentro das florestas nas beiras de rios
Ele proibiu as grandes derrubadas
Foi elogiado por seus comandantes
Em terras distantes do nosso estado
Foi contra as indústrias de poluição
Salvou ribeirões e rios afamados
Numa noite fria do mês de agosto
Ali perto do posto aonde pernoitava
Percebeu ao longe gritos de socorro
Por traz de um morro o fogo alastrava
Ao aproximar-se viu uma casinha
Que o fogo já tinha quase destruído
E a mulher gritando desesperada
Salve seu guarda meu filho querido
O guarda envolto num pano molhado
Entrou pra salvar o menor que morria
Pegou a criança atirou para fora
Para os pais na hora foi grande alegria
Enquanto a criança chorava assustada
Os pais procuravam o guarda guerrilha
Porem não deu tempo que ele saísse
Morreu com a certeza do dever cumprido