Homem do campo
Vanoci marques
Saibam que o xiru campeiro
Tem no viver mais futuro
Pois se levanta primeiro
Já respirando o ar puro,
Depois que a cambona chia
E a lenha no fogo arde
Vai camperear e só volta
Com a brisa amena da tarde.
Tem no viver mais futuro
Pois se levanta primeiro
Já respirando o ar puro,
Depois que a cambona chia
E a lenha no fogo arde
Vai camperear e só volta
Com a brisa amena da tarde.
Esse pampeano onde ande
No verso aguenta o repucho
Faz um hino que se expande
Como ele próprio sem luxo
Levando a voz do rio grande
No som do pampa gaúcho.
Carrega o laço nos tentos
No coração a saudade
Seu trabalho é no relento
Com chuva ou tempestade,
É um índio chucro no más
Campeiro de serventia
E o campo lhe satisfaz
Nas lidas de cada dia.
Esse pampeano onde ande...
E logo após o poente
Surge um luzeiro nos campos
Num bailado incandescente
Do voar dos pirilampos,
O som da manhã formado
Por passarinhos e galos
Se junta ao berro do gado
E ao relincho dos cavalos.
Esse pampeano onde ande...
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