O silêncio do tropeiro
Vanoci marques
Pelas estradas demoravam vários dias
Batendo cascos com destino à invernada
Laço nos tentos, relho e mala de garupa
Pingo reserva pra aguentar a caminhada
Ao fim do dia cansados pelos repechos
O sol se pondo era o sinal de parada
Sobre os pelegos e o poncho feito coberta
É que dormiam pra seguir de madrugada.
Batendo cascos com destino à invernada
Laço nos tentos, relho e mala de garupa
Pingo reserva pra aguentar a caminhada
Ao fim do dia cansados pelos repechos
O sol se pondo era o sinal de parada
Sobre os pelegos e o poncho feito coberta
É que dormiam pra seguir de madrugada.
Os mais antigos, certamente alguns parceiros
Sentem saudade deste guasca que se foi
Os mais jovens pouco sabem dos tropeiros
Que pela estrada iam gritando era boi.
Onde andará o tropeiro aqui do sul
Peão curtido da chuva e poeira do chão
Quem silenciou o cruzador das estradas
Repontador das tropilhas do patrão
Foi palanqueado pelos tentos do progresso
E o seu ofício foi pra história do rincão
Hoje na estrada vai e vem cavalo e gado
Todos prensados em cima de caminhão.
Os mais antigos, certamente alguns parceiros
Sentem saudade deste guasca que se foi
Dos mais jovens poucos sabem dos tropeiros
Que pela estrada iam gritando era boi.
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