Lida bruta
Vanoci marques
O índio chucro gaudério lá do interior
Encilha o pingo sob o teto do galpão
Enquanto fala do tempo de domador
Ao pé do fogo vai sorvendo um chimarrão,
Gaúcho velho acostumado a toda lida
É conhecido em qualquer lugar que ande
Por sua história tão bonita e destemida
Da lida bruta, tradicional do rio grande.
Encilha o pingo sob o teto do galpão
Enquanto fala do tempo de domador
Ao pé do fogo vai sorvendo um chimarrão,
Gaúcho velho acostumado a toda lida
É conhecido em qualquer lugar que ande
Por sua história tão bonita e destemida
Da lida bruta, tradicional do rio grande.
Laço nos tentos e o cachorro companheiro
São ferramentas que usa na invernada
O tempo feio não assusta esse guerreiro
Acostumado a levantar de madrugada.
Na sua vida foi ginete e laçador
E a peonada lhe escuta com atenção
O índio velho até parece um professor
Dando uma aula de afazeres de peão
Num potro chucro ele é quem monta primeiro
Dando o exemplo pro resto da peonada
Na lida bruta já passou tantos janeiros
Somente a morte vai parar sua jornada.
Laço nos tentos e o cachorro companheiro
São ferramentas que usa na invernada
O tempo feio não assusta esse guerreiro
Acostumado a levantar de madrugada.
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