Velhos e usados

Reflexões voláteis

Velhos e usados
Não quero viver pra sempre
Nem me ver passar nas horas
Mas sempre haverá mais um cigarro

Peço, respeite o silêncio
Reze pela vã memória
Descanse em paz, minha sanidade

Haverá no fim
Um deserto a cada grão
Da areia que derramei em vão
Da minha ampulheta

Nas minhas mentiras internas
Na pose família moderna
Pra sempre haverá mais um cigarro

Pro seu personagem desse freak show
O tal coadjuvante
Eu errado ou errante

Que desabe em mim
O concreto ao invés
De ficar aqui as certezas
Que eu não sei ao certo

Peço, respeite o silêncio
Reze pela vã memória
Descanse em paz, descanse em paz

Que desabe em mim
Um deserto a cada grão
A ficar aqui o que derramei em vão
Já não sei ao certo

Haverá no fim
O concreto ao invés
Da areia e das certezas

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