Insanidades
VelocicrewTentativas e erros, meu corpo trémulo
Sigo no tempo e como um pêndulo, eu nunca paro de agir
Do modo prático, com lado estático, vivendo no modo automático
Acompanhando a hora ir e vir
Inteiro, aos pedaços, com tudo fragmentado
Corpo intacto de quem aguenta o impacto
Almas em estilhaços, vidraças quebradas, cortes rápidos
Atordoados passos, passo a passo dos palhaços que vem causando
O apavoro, filhos do fogo fadigados
Dragões vermelhos de olhos baixos
Emanando energias, desesperos de outrem
Enquanto uns gritam outros não ouvem
Só resta correr porque o socorro não vêm
Pensamentos se distorcem, enquanto o fogo interno cospem
Jogados pro mar engolir
Resultado, de psicológicos cansados
Vários têm nos deixado sem se despedir
Atos impulsivos derivado de mentes insanas
E executados pela banca
Desacreditados de que alguém acredite
Que serão purificados pela divina luz branca
Ha, fruto das sementes que semeio, sonhos de liberdade
Sejamos incansáveis, para que os nossos enterrados devaneios
Tornem-se realidade
E como a linha de uma agulha, empurrado e arrastado
Em tantas histórias, sendo lembrado por usuários
Picos e ruas, sobrevivendo em escritos e memórias
Passando por, asfalto gasto, casarões abandonados
Estudando, viciados, ambulantes espalhados
Por todos os lugares da cidade
[Heartbreak, Filipe Fortunato e Dalton]
Insanidade
Insanidade
Insanidade
[Filipe Fortunato]
Noites sem dormir, acordo e rio do estado
Que se encontra na minha mente
De repente o caos se fez presente
Vida errada
Lado certo
Mundo inverso
Eu verso uns versos
Cês não entendem a escuridão
Eu desconverso
E não tem mais pra onde correr
Não adianta fugir
Porque no meio do caos eu vi uns 'irmãozin' cair
O corre ta ficando insano, mas tenho que resistir
Pra quem ta no subsolo o elevador só faz subir!
A noite é pras putas, poetas, loucos de amor
Eu sou um louco que ando puto e na noite escrevo dor nessa desgraça
Mas não ta nada massa
Se eles querem sua alma e jogar fora a carcaça!!!
Se o mal é o homem
E o cheiro é do ralo
O pão e o circo
Que pagam o palhaço
Nos muros da city
Deixo meu recado
E apanho calado: Tabaco importado
Em vão o meu grito?
Eu acho engraçado!
Gasosa e laranja
Pra um dia inflamável
Com ases na manga
All win nessas fichas
E fogo no baralho!
Não deixe o que você possui, possuir você
Não acredite
Nas mentiras
Que eles contam na tv
Cortem as cabeças! Da rainha de copas
Traia judas e ande de skate depois de roubar suas botas
A vida é uma roda
E eu polguei nessa polga
Correndo por essência
E eu não corro só por nota
Sinto cheiro da lama que à muito tempo incomoda
Se o inferno é agora eu já tracei minha rota
[Dalton]
Descendo ladeira largado
Por entre os disparos pegando embalo
Seguindo o olfato
Ouvido aguçado
Vivendo mormaço
Circulo descaso na jaula do rato
Aguardo impacto
Retardo o retardo dobrando a esquina
Altero na linha
E alterno na trilha
Me alterno na rima infectando essa vida
Que te obriga a contratos
Fadados, a fardos falhos e observados
De réu taxado por tribunais ambulantes que dividem o mesmo espaço
Pensamentos suicidas são só pedra no asfalto
Ou uma droga em vacina que vicia
Um otário aprisionado num efeito borboleta
Somos iluminados
Porém apagados
Atormentados como donnie darko
Corpos intactos mentalmente fragmentados
Cria evolucionista a partir de pó e barro
Feito a imagem e semelhança do asfalto
Instinto dobrado
Eu sigo calado
Espirito em cacos
Atormentado pelo caos e seus tentáculos
Nessa corrida que é repleta de obstáculos
Causados por: Erros
Descaso desacatos
E a família questionando que minha presença
Está somente em retratos retirados do passado
Sentimentos reprimidos, bagunçados
Pelos frutos do futuro semeados
Em pragas sociais, tentações fatais
Cocteis letais de pecados capitias
Mentes banais, atormentados pelo deus
Eles conversam sobre a novela
E eu com o outro lado da moeda que fala que eu posso ser um deus
Eu posso ser um deus, eu posso ser um deus