Victor cali

Julga e some

Victor cali
Só me julga
Só me julga e some!
Julga e some!
Julga!
Some e julga!

Então some
Mas não some daqui
Julga mas some e sobe comigo
Galga uma mudança
Não esqueça a andança
Erros são lanças análogas
E de ambas as partes arranca
Uma parte e mostra
Acende uma tocha e queima
Sou bolha que estoura
Sou ferida exposta
A sutura demora
A cicatriz apavora
Antes de acostumar e compor
E no decompor se vê
Parte de ti é ferida
De ida e vinda
De bala perdida
E nem vem do cano
Engano
De quem julga sem ouvir o mano
De quem vive sem permitir o pranto
De quem culpa sem entender o plano de vida
E todos tem os seus carmas e calmas
Que se perdem e alastra
Rancor acumulado
Pedrada de quem atirou
Recitando a velha parábola
Quem nunca pecou que atire a primeira pedra!
Quem nunca atirou e depois se viu na mira
Não minta, evite hipocrisia
A verdade liberta
E a razão nem sempre a cerca!

Entenda que estar errado
Faz parte da reflexão e da composição
Introspecção é importante pra ação!
Entonação raivosa
Defesa de quem não sabe ouvir um não!
Coitado é dito sem nenhum relato
É pena sem saber de fato
Que o coito fora forçado
Eu não sou relapso
Diz: Ó, coitado
E nem sabe que pena escreve o fato
Retrato no ato da escrita
E dou a pena um sentido sensato
Segue um relato de época
Pessoas morrem de boca aberta
Chacinas diretas
Sem choros, nem velas
Prisões arbitrárias
Sem provas concretas
O mídia indigesta
E a briga entre gente é estratégica

Vê se me acerta
Arme os seus
E ame os seus
Não desconversa
Conversa e enfrenta
Somos Deus
A falta de fé tomou conta
Não tem a ver com ser ateu
Seja cura pros teus!

Quem nunca pecou que atire a primeira pedra!
Quem nunca atirou e depois se viu na mira
Não minta, evite hipocrisia
A verdade liberta
E a razão nem sempre a cerca!

Só me julga
Só me julga e some
Julga e some
Julga
Some e julga!

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