Morrendo de paz

Filantropia e pacifismo burguês
Alimentam a miséria em busca de isenção
Enquanto o povo produz, eleva a escravidão
Aumentando a fúria de sua explosão

O latifúndio tem suas armas e sua legislação
Essa paz é sectária e serve a opressão
Sangue nos olhos e armas nas mãos
Pois o caminho justo é a revolução

Esmagaram, torturaram depois pedem a paz
Marchando sobre um povo que sofreu demais

Enquanto o povo morre em filas de hospitais
E a guerra imperialista mata muito mais
Vem a fome que te mata e também mata em paz
Pois a paz não matará a nossa fome jamais

Esmagaram, torturaram depois pedem a paz
Marchando sobre um povo que sofreu demais

Já tiveram vários focos de rebelião
Por nossos campos e cidades, por nosso sertão
Em Canudos destruíram uma insurreição
De um povo resistente com convicção

Garantido pelas armas de seus generais
O estado é o mesmo desde a sua criação
E agora só nos resta esta opção
Resistência, luta armada e revolução