O rio grande me criou
Volmir dutra e criado em galpãoQuebrado a golpes de potro e um chapéu de contra o vento
Enraizado no basto dali eu tiro o sustento
O canpo me deu a alma razão vida e sentimento
O rio grande me criou é o meu mundo é meu destino
Por isso razões me sobram pra me o viver campesino
Sobre o lombo de um cavalo de menino me criei
Coração sempre campeiro desse jeito morrerei
No meu rancho eu tenho tudo pra sempre ter boa morada
No terreiro a criação boa sombra e boa aguada
Uma tropilha de baios pronta pra qualquer quarteada
Pingos de lei e respeito de pechar boi na invernada
O rio grande me criou é o meu mundo é meu destino
Por isso razões me sobram pra me o viver campesino
Sobre o lombo de um cavalo de menino me criei
Coração sempre campeiro desse jeito morrerei
Tenho orgulho do que faço por estes rincões afora
Muito touro de a aporreado já bordei meu nome a espora
Faço uso da destreza quando o bochincho se estoura
E sempre a china mais linda comigo eu levo embora