O rap sangra

Um caminho a seguir
Uma promessa nunca desistir
Uma ação reagir
Do Rap que bate, que chega invade
Te põe na frente nos combate
Manifesta amor, o ódio é arte
A vaidade atrai os covarde
Se vendeu, se perdeu
Tarde foi quando percebeu
Se virou contra os seus
Espírito Fariseu
O Rap sangra, banca contra banca
Cegos só querem luxo e fama
Deixando o nosso movimento na lama
Não adianta fingir
A história está aí
Quem defendia os direitos da favela
Tão como Judas minutos, segundos na tela
Falsos aplausos, falsa plateia
Não tem identidade é sem ideia
O tempo passa a mascara cai e se revela
A falta de respeito, a humildade pelos pretos
Pelas ruas não mais vejo
Cadê a raiz de quem veio do gueto
Eu faço a minha parte sei o preço do veneno
Triste vendo, os irmãos se vendendo
É foda incomoda
Mas o Rap não é moda
Represento os verdadeiros
Os guerreiros que outrora
Sofriam acorrentados nos cativeiros
Navios negreiros em memórias
África... clama respeito, esperança
Honra e não vingança
Chega de cinismo
Meio milênio de racismo
Sociedade brasileira imperialismo, capitalismo
Genocídio do povo terrorismo
Do nosso sangue, nossa raça extermínio
Lavagem cerebral do sistema domínio
Vulgo Erry não se cala
Se prepara mente não falha
Ideais engatilhadas é só rajada
Mente engatilhada contra o opressor é só rajada