Sentando os ferros
Walther morais
Na gineteada da vida oiga-le vida aporreada
Onde um índio aposta tudo pra ganhar uma patacada
A vida hoje me obriga entrar nesta gineteada
Por mala-suerte meu deu o baio venta rasgada
La me vou enforquilhado sentando os ferros e mangaço
O arcado vai bufando dando o coice e manotaço
Até parece o capeta corcoveando no espaço
Com gana de me quebrar as duas canas do braço.
Onde um índio aposta tudo pra ganhar uma patacada
A vida hoje me obriga entrar nesta gineteada
Por mala-suerte meu deu o baio venta rasgada
La me vou enforquilhado sentando os ferros e mangaço
O arcado vai bufando dando o coice e manotaço
Até parece o capeta corcoveando no espaço
Com gana de me quebrar as duas canas do braço.
Corcoveia, corcoveia baio capeta aporreado
Só por birra eu prossigo no teu lombo enforquilhado.
Corcoveia, corcoveia baio capeta aporreado
Só por birra eu prossigo no teu lombo enforquilhado.
Ai tu podes corcovear me fazer beijar o céu
Rodopiar par qualquer lado no mais medonho escarcéu
Hoje te quebro o corincho ou me vou pro beleléu
Sou mais capeta que tu debaixo do meu chapéu.
ETA matreiro teimoso baixa o toso caborteiro
Vamos ver qual de nós dois o mais terrunho campeiro
Antes de eu lavrar o chão te faço roçar primeiro
Se nós dois trocar de ponta que tristeza meu parceiro.
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