O barco que navega ao lado é o mesmo barco que já encarou
Dentre filmes reais de amor e terror
Dentre filmes reais de amor e terror
A âncora que leva à margem é a mesma âncora que prende à dor
Quando o vento soprou e a vela partiu
A hora do relógio ao lado é a mesma hora que me faz trair
Que atrasa a dor, que atrasa o amor, que atrasa a paz e me faz cair
Não tente disfarçar e faça que o tempo mude
Não venha pedir pra morte: Não machuque
Não tente esconder o véu, e morra como morre ao léu
A árvore plantada ao lado é aquela mesma que vi ao dormir
Plantei o amor e colhi a dor, usei a ferida pra poder ferir
A lembrança do que foi e a certeza que não voltará jamais
Tempo que não passou, congelou na memoria
O vinho que era quente e era pouco parece que não acaba mais
Transforma-se em dor, vai sem contar história
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