Terra do amor
Wilson fonseca
A formosa alvorada raiara,
Encantando o saudoso imigrante
Quer na praia, de alvura bem rara,
Relembrava Lisboa distante...
De repente, porém, deslumbrado,
Ele viu a tapuia tão linda
E pôs logo a tristeza de lado,
Festejando a presença bem-vinda.
Encantando o saudoso imigrante
Quer na praia, de alvura bem rara,
Relembrava Lisboa distante...
De repente, porém, deslumbrado,
Ele viu a tapuia tão linda
E pôs logo a tristeza de lado,
Festejando a presença bem-vinda.
Santarém, foste o berço do amor
Na Amazônia recém-descoberta!
Tens paisagens de tanto esplendor
Que ternura nas almas desperta!
O primeiro romance surgira
Nos domínios do rio Tapajós:
Uainambi e a faceira Potira,
Ao lugar eram vistos a sós.
"Pahi-abuna", o senhor da Missão,
Proibiu o namoro, entretanto,
Deportando o galão bonitão.
E houve adeus dos amantes em pranto!
Mas o moço voltou, bem depois,
Para os braços da índia bonita.
Foram muitos feliz os dois,
Sem saudade, sem dor, sem desdita.
Mil intrigas, porém, ocorreram,
Vindo um desses desfechos fatais:
Uainambi e Potira morreram
Pelo crime de amarem demais!
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