Xalaman

Nego bell do corpo fechado

Xalaman
Era uma quarta bem na noite do grenal
E ele aguarda o chute inicial
Não sabia não mas sentia que outra confusão ia surgir
Zero a zero a pelada e o juiz ta roubando
Vamo lá seus pereba que eu to pagando!
Correia em cima e tumulto e o formado
Gritaria polícia e tiro pra todo o lado
Cassetete paulada saiu do sufoco
Com a mobilete roubada e paranga no bolso
Passa pelos tiras da fiscalização
Beijando a mina e guiando sem as mãos
E lá na vila caiu numa emboscada
Rixa antiga e grana das paradas
Metralharam o Bell, tiro de cima a baixo
Acertaram a bala de raspão no braço

O Nego Bell é um cara endiabrado
O Nego Bell tem o seu corpo fechado

Já tomou facada foi atropelado
Já cheirou cocada e se picou errado
Tudo em cima "Olha eu gente!"
"Bebo gasolina me dá querosene!"
Até bicho gato de sete vidas
É subordinado ao poder de cima
Fecharam a carcaça do cidadão
E deixara o espírito na escuridão
Mas na verdade Nego Bell não tinha alma
Sua coragem deixou negra sua aura
Já não sabe mais o que fazer aqui
Este pobre rapa virou um zumbi
È assim que foi e assim será
Para mim o ouro e riqueza
È viver em paz do lado a luz
Salve Oxalá que me conduz

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