Zé alexandre

Espelho

Zé alexandre
Sigo novamente
Como antigamente
Um tanto quieto
Como inquieto
Listrado de treva e agonia
Sem imagem nem
miragem de alforria
Sem imagem nem
miragem de alforria

E cruzam agora
Bruxas, bestas,
mil bombas e bichos
Nesse curto espaço da calçada
Durante meu rumo
Tantos gritos quanto emudecidos
Todos meus xarás e conhecidos

Sigo então
Sísifo sem Prometeu
Um rosto ou um resto de ilusão
Que empalideceu
E logo não sou mais eu
Sou um grande espelho do que vi.

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