Amores, a canção
Zebeto corrêaPelos jardins de toda a humanidade
Independente de nosso desejo
Indiferentes à nossa vontade
Seres calados, tranqüilos, serenos
Jamais perguntam o que é que pensamos
Se os queremos ou se os recusamos
O que buscamos e o que pretendemos
Jamais reparam o quanto somos pequenos
Que somos frágeis, que somos humanos
Amores chegam sem mandar recado
Os afamados seres do improviso
Nenhum sinal anterior,
Nenhum aviso
Vêm de surpresa, são inusitados
Os visitantes mais imprevisíveis
Passam ligeiro ou perduram anos
Se manifestam, alteram nossos planos
Manipulando cordões invisíveis
Causam prazer e dor indescritíveis
Aos corações que estão hora habitando
Amores partem inexplicavelmente
Deixando atrás de si almas vazias
Um leito seco onde antes corria
A seiva fresca que sacia as gentes
Indo habitar outros corpos carentes
Fica sem brilho o que era estrela antes
Podem fazer de alguns grandes amantes
De outros bons amigos simplesmente
E se de ti fizeram um ser descrente
Tornei-me eu porém estrela errante...
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