Paranauê
Abimael gomes
Eu escrevo como quem borda um pano.
Como chico sangrando pelo bico.
Nas palavras me tranco, e passo o trinco.
E até brinco no branco, prá ser franco.
Zé ramalho na linha passo o tranco.
E embaralho o malho que edifico.
Cada entulho embrulho uma idéia.
Cada idéia eu entro e ali fico.
Feito um vírus em mutação constante.
Cada instante se faz um novo ciclo.
Como chico sangrando pelo bico.
Nas palavras me tranco, e passo o trinco.
E até brinco no branco, prá ser franco.
Zé ramalho na linha passo o tranco.
E embaralho o malho que edifico.
Cada entulho embrulho uma idéia.
Cada idéia eu entro e ali fico.
Feito um vírus em mutação constante.
Cada instante se faz um novo ciclo.
Sou boneco de olinda em fevereiro.
Guardião da alegria dos passistas.
Gasparzinho na terra dos artistas.
Anunciação para o ano inteiro.
A canção de janeiro a janeiro.
Que não toca na rádio dos fascistas.
Como chaplin na corda equilibrista.
E bill gattes nadando no dinheiro.
Mik jegger cantando no chuveiro.
O mais novo sucesso futurista.
Paranauê, paranauê, paraná. paranauê, paranauê, paraná.
Sou mistura de cangaço com a arte de angola.
Eu sou a queda de braço do trabalho com a escola.
Eu sou um grito que vem vindo lá do gueto.
Sou o estalo do esqueleto. os twites de soweto.
Na cara do super man.
Sou um cisco no olho do homem aranha.
João batista na montanha,
Profetando o velho trem.
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