Searas de paz
Adair de freitasQue barbaridade, onde é que já se viu?
A terra precisa de arados e enxadas
E mãos calejadas pra ofertar o cio
Irmãos de Pátria, de fé e de sangue
Fomentando a guerra só vão conseguir
Financiar a fome, cultivar o ódio,
Pragas na lavoura do nosso porvir
Financiar a fome, cultivar o ódio,
Pragas na lavoura do nosso porvir
Não, não é assim
Tirar a terra de quem dela cuida
E apesar de tudo não saiu dali
Não, não é assim
Deixar sem terra os que querem cuidá-la
Pois campos-taperas não vão produzir
Sim, homens ilustres de cruz ou de espada
De discursos lindos e palavras vãs
É chegada a hora de cumprir promessas
Dar as mãos pra vida que o mundo tem pressa
De searas novas para o amanhã
É chegada a hora de cumprir promessas
Dar as mãos pra vida que o mundo tem pressa
De searas novas para o amanhã
Não, não é assim
Tirar a terra de quem dela cuida
E apesar de tudo não saiu dali
Não, não é assim
Deixar sem terra os que querem cuidá-la
Pois campos-taperas não vão produzir
Ninguém tem culpa de haver nascido
Sobre as sesmarias de algum ancestral
Nem é culpado quem nasceu num catre
Acampado à beira da estrada real
Há de haver um jeito de ajeitar o tranco
Pra levar a tropa rumo ao seu destino
E deixar na estrada muito boi corneta
Que não é colono e nem campesino
E deixar na estrada muito boi corneta
Que não é colono e nem campesino
Não, não é assim
Tirar a terra de quem dela cuida
E apesar de tudo não saiu dali
Não, não é assim
Deixar sem terra os que querem cuidá-la
Pois campos-taperas não vão produzir
Sim, homens ilustres de cruz ou de espada
De discursos lindos e palavras vãs
É chegada a hora de cumprir promessas
Dar as mãos pra vida que o mundo tem pressa
De searas novas para o amanhã
É chegada a hora de cumprir promessas
Dar as mãos pra vida que o mundo tem pressa
De searas novas para o amanhã
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