Ademilson terto

Entre a rotina e o coração

Ademilson terto
Não sei olhar pra dentro das pessoas
Não sei pra onde o meu futuro vai
Só sei que multidão me atordoa
E que a solidão não me distrai

Queria ter um rumo diferente
Ou mesmo uma seta pra guiar
Mas o meu coração segue descrente
Que exista o meu nome em algum lugar

Me vejo enraizado na rotina
Que rouba o meu tempo e bem-estar
A vida pouco a pouco é doutrina
Me amarra em minha cama no meu lar

Não olho mais direto nos ponteiros
O tempo escorreu para o porão
Perdi-me nos excessos e nos meios
Razão subjugando o coração

Será que ainda existe algo em mim
Que possa florescer?
Será que a vida é mesmo algo sim
Devo só sobreviver?
Ou talvez desça ao porão
Para o tempo abraçar
Ou talvez perca a razão
Para a vida emanar
Ou talvez me jogue ao chão
Para rotina me levar
Ou talvez siga o coração
Para poder te encontrar

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