Alguém
AfalQuero recomeçar construir a vida de novo
Parece que foi em vão mais não tudo tem um propósito
A vida não é passageira como diz o chapado filósofo
Já tentaram me catar mais de uma vez e eu não sei por que
Já escapei de garrafa, de faca, de bala na ânsia de sobreviver
Por isso vivo solitário não quero mais comprometer vidas
Andando alerta cabreiro até na igrejas que eu faço visita
Procurando uma solução que Deus me mostre o que tá errado
Porque os malandro que vê minha caveira sempre me tirando de otário
Nunca roubei, nunca tretei, nunca encostei a mão ne ninguém
Pelo contrário se eu posso ajudar eu ajudo sem olhar a quem
Tenho marca de bala no braço risco de faca na perna
Confesso que já tentei mudar de lado e ir pra guerra
Resolver logo essa treta que todos parecem ter comigo
Quando os polícia me para o que ironia me chama de amigo
Hoje encontrei alguém
Que me mostre quem eu sou
E bem além será onde vou
Que eu saia dessa caçada maldita
Que sempre me acompanhou
Mais uma vez aqui estou
Caminhando sem rumo no asfalto
Cem por cento ligado nos carros
Que passam voados aqui do meu lado
Se pelo menos eu tivesse pegado
Minha pistola que tava no quarto
Andava mais despreocupado
Tinha pra trocar se esse fosse o caso
Meio apertado
Sai da avenida pro pasto
Um carro freia no local que eu tinha desviado
Mocado na vegetação
Esperando o pior da ação
Um maluco tira das costas um ferro e grita: E aí, Leandrão
Não entendi mais já foi meu sinal
Sou atleta da vida real
Não posso perde na corrida
Se não apodreço nesse matagal
O barulho de bala não intima
Quem acostuma a viver sem justiça
Fisgada no ombro queimando
Já vejo uns barraco ali na colina
Cai pra dentro casa de alguém
Cachorro latindo mas não sai ninguém
De repente a porta se abre uma mulher
Que não grita ainda bem
Assustada ela acalma o cão
Vê o ferimento e traz algodão
Bastante ofegante mais aliviado na situação
Hoje encontrei alguém
Que me mostre quem eu sou
E bem além será onde vou
Que eu saia dessa caçada maldita
Que sempre me acompanhou
Palavras do livro sagrado espalhados por toda a casa
Pergunta meu nome de onde que eu venho e o porque do furo de bala
Explico tudo que sei parece mentira, (acredito em ti)
Me pede “pá” ficar sentado começa uma história interessa a mim
Me mostra a foto de uma amiga que morava na quebra uns anos atrás
Dizendo que essa garota procura a família em todo Goiás
Com a foto dos irmãos apenas isso move a esperança
Liga o computador me mostra um blog dá um nó na garganta
Minha foto do lado direito segurando a mão dela
Do lado esquerdo alguém de nome leandro também na tela
Mesma fisionomia
Gêmeos pô explica minha vida
Toda caçada maldita
Sou um alvo inocente da mira
Papel e caneta e a sorte
Anotando os contatos do blog
Agora que faz mais sentido minha vida tenho que ser forte
Meu plano inicial como sempre foi saber
Caminho no vale da sobra Deus ilumina quem ama viver
Hoje encontrei alguém
Que me mostre quem eu sou
E bem além será onde vou
Que eu saia dessa caçada maldita
Que sempre me acompanhou