Gang 2016
Alan na rimaPerdi as contas para mim nunca foi demais
Descia e subia o morro da favela
Porto vitória Carapicuíba faço parte dela
Foi por ali que eu conheci muita gente
Pessoas humildes imigrantes uma pá de gente
Barracos e muros feitos de telhado e tabua
Do outro lado condomínio com guarita e guarda
Muitas vezes me lembrei do Muro de Berlim
Condômino X Comunidade me vem na mente o fim
Nada diferente do que existe nesse imenso Brasil
Desigualdade condições submissas político nem viu
Carapicuíba, não é como Munique ou Berlim na Alemanha
Não é como os Castelos Medievais e as Montanhas
Tem favelas, área livre muito pessoal
Escolas, ruas, estradas, gente do bem e não do mal
Eu acredito que a educação salvara o mundo
Eu acredito que os livros são os grandes refúgios
Eu creio que a humanidade insiste em acreditar
Que diante de tanta desgraça a esperança ainda é sonhar
Eu vejo a guerra, vejo a fome, conflitos religiosos
Eu vejo a corrupção política lagrima nos olhos
Mas um levante nos últimos anos guardo na lembrança
Gang 2016 acredito nas mudanças
Alan Na Rima
Alan Na Rima
Eu sou gueto, eu sou quebra, eu sou bamba
Nascido na Bahia e fui criado aqui em sampa
Meu nome Alan Na Rima, rap meu potencial
Rimo na batida, caixa ou até no som do berimbau
Já fui garoto gueto, hoje sou homem formado
Já errei algumas vezes quem é que não teve os seus pecados
A música rap eu descobri foi na minha adolescência
Rimava na escola sobre educação e violência
Escrevia as poesias, saia várias rimas
Para mim estava bom eu descobri a minha sina
Sempre escutava e assistia, rap quase todos os dias
Era na fita cassete VHS o que eu tinha
Conheci muitos artistas, me inspirei geral
Era GOG, Mv Bill, Thaide, Edi Rock e Mano Brown
Nessa época eu tinha 13 anos de idade
Hoje tenho 28 o que restou foi a saudade
Foi um marco na vida de muitos, conheci pessoas de potencial
Deixei o cabelo crescer, usava uns traje bem legal
Se fosse para voltar no tempo, eu faria novamente
Fazia a mesma estrada, o mesmo trajeto, a mesma corrente
Alan Na Rima
Alan Na Rima
Aí, eu Alan Na Rima quero agradecer pela música ter entrado na minha vida, pela saúde, pela vida, e pelo talento
Por poder compor as minhas músicas, os meus poemas, os meus textos
A música Rap me mostrou que eu tenho que seguir um caminho passar por cima de todos os meus erros, reconhecer o passado, e seguir lutando pelos meus (mudanças)
Quero agradecer ao SM Produções, Nildo meu parceiro, ao meu pai Antonio Carlos Nascimento Almeida, a minha mãe Telma Nancy de Lima, e aos meus irmãos que Deus leve saúde e sabedoria a vocês
O Rap é isso, quem ouve sabe da nossa idade, personalidade e o que acreditamos
Quero deixar também aqui um salve à todos os coletivos e grupos de Rap de Carapicuíba, aos MC’s solos, DJ’s, Blacker’s, Grafiteiros, Produtores Musicais e em geral aos artistas de rua
Eu, acredito nas mudanças, acredite você também nas mudanças, um abraço