Tio davi
Alcyr guimarães
Desse mundo pardo sou, menos na palma da mão
Fino trato de mulato, clara a alma e o coração
Se o negreiro me poupou, livrou dos canaviais
Iansan quem te benzeu, perdido nos carnavais
Pelourinho, nem me viu, o destino escondeu
Como estrela eu Davi, um Miguel da cor do breu
Troncos e barrancos vou, onde o sonho me levar
Repartir limão e rum, quando a noite bocejar
Fui ciclista e trovador, comunista e bedel
Quando a perua bambeou o gim me levou pro céu
Nada para admirar do tanto que me valeu
Como a estrela de Davi, um Miguel da cor do breu
Prosas que hei de contar, se os banzos esqueci
Nas senzalas e porões, passei longe de Zumbi
Diabetes e pressões, vem o meu corpo escravizar
Oxalá, tocou-me então, e fez o samba acordar
Ontem a vida lagrimou
Hoje quem sorri sou eu
Como estrela eu Davi
Um Miguel da cor do breu
Fino trato de mulato, clara a alma e o coração
Se o negreiro me poupou, livrou dos canaviais
Iansan quem te benzeu, perdido nos carnavais
Pelourinho, nem me viu, o destino escondeu
Como estrela eu Davi, um Miguel da cor do breu
Troncos e barrancos vou, onde o sonho me levar
Repartir limão e rum, quando a noite bocejar
Fui ciclista e trovador, comunista e bedel
Quando a perua bambeou o gim me levou pro céu
Nada para admirar do tanto que me valeu
Como a estrela de Davi, um Miguel da cor do breu
Prosas que hei de contar, se os banzos esqueci
Nas senzalas e porões, passei longe de Zumbi
Diabetes e pressões, vem o meu corpo escravizar
Oxalá, tocou-me então, e fez o samba acordar
Ontem a vida lagrimou
Hoje quem sorri sou eu
Como estrela eu Davi
Um Miguel da cor do breu
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