Allan k-nôn

Platonicamente

Allan k-nôn
A primeira vista tenho que confessar
Você tão distante, pouco atenção fez chamar
Desajeitado, sem graça, um garoto perdidão
Nem um papo apenas aperto de mãos

Aos poucos, levemente, sem intenção
Poucas palavras te transformam em meu chão
Tuas inocentes brutas mãos sem direção
Concertam meu incansável, errôneo coração

Me perco te procurando na noite enquanto a cidade ascende
Tantos carros iguais ao seu sem você estar lá naturalmente
Acabo sempre em qualquer bar me embriagando repetidamente
É mais um dia que tentei mas não dá você não sai da minha mente
Te desejar é compreensível
Deixe de ser irresistível

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