Andaluz

Das coisas que não voltam

Andaluz
Terça de manhã
Um sol gigante
Tudo é tão grande, menos eu

Cama, aparador
Um arranha céu
Me atira ao chão, me lembra

Que na noite passada sonhei
Com mil falhas, remorsos, reféns
Que de longe eu não era ninguém
Eu dizia ir embora, da boca pra fora, meu bem

Tem tanta gente aqui
Que mal penso direito
Tamanho defeito, desagradar

São tantos sinais
A decifrar
Saber metrificar, olhares

E daquela varanda, se ouviu
Mil palavras pro mesmo vazio
Serenatas, poetas, desvios
E eu, da boca pra fora, da boca pra fora, sorrio

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