Um barco
Andaluz
Fez-se sol
Por entre as frestas do Boqueirão
Como poderia tanta clareza
Refletir no cinza desse mar
Por entre as frestas do Boqueirão
Como poderia tanta clareza
Refletir no cinza desse mar
Não sei mais
De onde vem a brisa
Suave, fatal
Eu quero sentir também
Mergulhou-se o sol
Dentro do meu apartamento
Diz querer me salvar
Das ondas do meu cobertor
Mas por mais
Que eu reme o barco
Sempre, impávido
Fica a cargo da maré
Eu nunca soube sambar
Eu não sou de aprender
Sou melhor atrás do bloco
Do que de cima querendo ser todas as coisas que eu não sou
Eu nunca soube sambar
Eu não sou de aprender
Fez-se tanto sol no meu apartamento
Que eu pude sambar nas ondas do meu cobertor
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