Pó nas minhas mãos
André baptista
Quis ter saudades tuas não as tive
Que o tempo nunca pára de correr
Quis agarrar o amor e só retive
O eco do silencio a responder
Que o tempo nunca pára de correr
Quis agarrar o amor e só retive
O eco do silencio a responder
Quis sofrer e chorar e em vez de pranto
Só encontrei no rosto o desalento
Quis desejar querer-te e no entanto
Apenas desejei o esquecimento
Quis desenhar-te as formas varonis
E não soube fazer mais do que um traço
Quis encher-me de ti, juro que quis
Mas não encontrei espaço no meu espaço
Quis afastar de mim este desgosto
Trocá-lo por motivos puros sãos
Quis afagar o teu bonito rosto
E só encontrei pó nas minhas mãos
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