Colheita bendita
Andrea amorim
Um machado pendurado no pescoço
Mostra a caverna encravada no teu rosto
E o teu passado que contorna o teu bordado
É um suplício de respostas num deserto inundado
Na bengala da tua pele camuflada
Escoro a fraqueza esfumaçada
Faço um velório todo dia pra renascer
Mas a colheita bendita nunca está pra acontecer
Mostra a caverna encravada no teu rosto
E o teu passado que contorna o teu bordado
É um suplício de respostas num deserto inundado
Na bengala da tua pele camuflada
Escoro a fraqueza esfumaçada
Faço um velório todo dia pra renascer
Mas a colheita bendita nunca está pra acontecer
Meu sentimento é tão calado
Eu não preciso te mostrar
Meu sentimento é tão calado
Eu não quero te mostrar
Eu finjo para não seguir
Eu fujo pra não permitir
Que o medo tome conta do que ainda nem conheci
Uma mancha embutida na vergonha
Não me suja quando eu devo seguir
Mas tuas luvas encurvadas no prelúdio
Tentam sempre de algum jeito estranho me atingir
Não preciso tocar no que desejo
Só quero um moinho pra mover
Não quero atenção, não quero compaixão
Quero apenas um olhar de gratidão
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