Andrea amorim

Minha companhia

Andrea amorim
Fogueira, fria, saudade enfurecida
Morte no terceiro andar
Parede suja, pedra esquecida
Desgosto ao entrar
A vida muda, o erro se bifurca
A candura se desfaz
O tempo atura, a sorte me machuca
Essa dor eu não quero mais

Quantas vezes te falei que eu precisava
Ficar sozinha
Mas eu nunca estou só
Eu sempre estou em minha companhia

Busco a resposta, encontro a mentira
O segredo vai me alcançar
Perco a memória, onde fica a saída?
O prazo vai terminar
Sinto vertigem, o mundo me enquadra
Eu tento me livrar
Quando te abraço, o instinto vai embora
Minha cura é te amar

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