Intranferível
Andrea amorim
Os teus olhos são caminhos,
onde eu já me perdi
As tuas faces são faces disfarces
Por isso não pude te seguir...
onde eu já me perdi
As tuas faces são faces disfarces
Por isso não pude te seguir...
Não cubra o que eu não posso encobrir
Já que não podes me aceitar
O escuro esconde a minha lágrima
mas não consegue me encontrar
Sinto as marcas nas minhas mãos
e a fuga no agitado mar
Tenho rugas no meu coração
E o barco não pôde me esperar
Nunca vejo a porta se abrir
nem ao menos dar sinal
Imploro e renego a minha confissão
Me sinto uma árvore do mal
De braços fechados fico a esperar
alguém que possa me reconhecer
Mas eu não posso me deixar levar
pela indiferença ao meu ser...
Sinto os grãos na minha boca
E o encanto no impossível
Sinto a fratura nas minhas costas
e sinto a minha morte intransferível...
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