Planícies
Andrea amorime nem eu mesma sei o porquê
Hoje me olho nesse opaco espelho
Será que me perdi nesse teu desespero?
Ontem a dor foi leal e suprema
Erros transcendentes, sonhos convincentes
Hoje vivo num eremitério invisível
Mas o encanto é inquebrável e a magia irreversível
Nenhuma descrição alcançará o sentimento
Nenhuma explicação alcançará o pensamento
O destino não responde, já não é suficiente
Talvez o subsídio seja mais impertinente
É que eu não amo ninguém
Eu só amo você
Mas o que eu faço com essa parede escura?
Como é que eu fujo dessa amadora escultura?
Mas minha alma pode e precisa irradiar
A vida não é o que se move, é o que a luz pode abrigar
Será que o mundo conspira a meu favor?
Será que vou viver um grande amor?
O céu está chorando, enquanto eu fico aqui
Aplaudindo minhas virtudes, rezando em plenitude
Nenhuma palavra será perfeita com um verso
Nenhuma ferida será em prol do universo
Sou muito infinita para aqueles que me negam
Sou receptora daqueles que se entregam