Às vezes
Andreia amorim
Às vezes atropelo o mundo com os dedos
Outras vezes eu congelo a ponta dos pés
Às vezes eu controlo a força com o medo
Outras vezes sou esbarrada na porta do céu
Outras vezes eu congelo a ponta dos pés
Às vezes eu controlo a força com o medo
Outras vezes sou esbarrada na porta do céu
Às vezes eu escuto a mentira com os olhos
Outras vezes eu respiro toda a lucidez
Ás vezes vou a guerra com uma arma branca
Outras vezes pinto toda a palidez
A multidão que se encontra no meu coração
É apenas uma multiplicação da solidão
Ás vezes rezo para alguém me descobrir
Outras vezes juro que ninguém me tira daqui
Ás vezes lembro de um passado perto
Outras vezes eu imploro um futuro incerto
Às vezes eu procuro um lugar pra esquecer
Mas só encontro um menino que chora
Ás vezes sinto o amor chegando
E sempre vejo esse mesmo amor indo embora
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