Apá silvino

Tempo

Apá silvino
A gente fica tanto tempo
Procurando, procurando pra ver tudo o que conseguiu
Vai tirando a poeira, lustrando, estocando
Já nem sabe se é coisa ou sentimento
Hoje eu sei que nada disso é meu
Nem seu, nem de ninguém
Nem terra, nem carro, nem livro, nem abraço
Nada é seu nem de ninguém

A gente fica tanto tempo
Jogando fora o tempo pra ver tudo o que já não tem
Vai curando os buracos, serzindo as arestas
Fica certo de que não é certeza alguma
Hoje eu sei que nada disso sou eu
Nem é você, nem é ninguém
Nem terra, nem sarro, nem lixo, nem amasso
Não é você, nem é ninguém

Dentro de nós, há todo um mundo
Além de nós, há todo um mundo
Existe eu, fora você
Existe você, por dentro eu (x1)

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