Humildade nas palavras ricas

Vários problemas é o tema, vivo de aparência
A dor mais forte que um soco anula minha existência
Meu sonho de consumo é a parede rebocada
Mesmo sem ser nazista quis um muro em minha casa

Combatendo o consumismo que pra mim já era vicio
Só em trouxe prejuízo, me escraviza no serviço
Quando bate desespero, vários deixaram falando
Me apeguei na Flávia e continuei andando
Já desejei maldade até pros menor de idade
Apertando o gatilho da laje de snipes
Difícil pra mim entender, desejar morrer
Pra suportar o back de perder as coisas sem nem ter
A mais de vinte décadas querendo ter conversa
Com a materna que joga que o leite era dela
E antes de rasgar lá fora, dólar e gol bola
Tive que arrumar minha vida, sem casa pedindo esmola
Vi meu pé sendo enrolado, nos fios do RCA
Quantas chances que eu tive e não soube aproveitar
Minhas manias imitadas, mas por dentro não vê nada
Ao mesmo tempo que eu arrumava, eu mesmo bagunçava

É pra você ver tem vários igual a você
Que não aguenta a dor dos seus problemas já pensa em perder
Pra fazer um vencedor tem que saber vencer, pra ter a honra da dor tem que saber perder

Vai entender meu coração se eu também não tive dó
Sem um pingo de compaixão pra quem zombou do meu suor
Neurônios corrompidos pensamentos em conflitos
Instala a felicidade que um sorriso eu inicializo
Já mentir pra não sofrer, já matei pra não cair
Já chorei pra não perder, já bati pra não fugir
Olhei pro rap desmotivado pensando em parar
Um elogio anônimo fez eu me motivar
Sempre com sede de vitória, uma vingança estancada
Já me vi com mais amor, quando era psicopata
Um esforço rotineiro, que não resultou em nada
Meus batimentos cardíacos, alguém atrapalhava
Um descontrole, emocional uns pensamentos obscuros
Nem tinha passado o dia, e eu sonhando com futuro
Hoje sinto inveja de quem, dorme sossegado
Mesmo sem aniversario, da família ganha abraço

É pra você ver tem vários igual a você
Que não aguenta a dor dos seus problemas já pensa em perder
Pra fazer um vencedor tem que saber vencer, pra ter a honra da dor tem que saber perder

Me acomodei sem perceber, meus sonhos não saio dos planos
E quando achava que batia, estava apanhando
Nem o sono profundo, cura audição aguçada
Pra muitos é talento pra mim traumatizada
Respirei por um minuto, um passeio na viela
Me apeguei a morte, sem saber que a vida é bela
E eu esperançoso acredito no futuro
Que o tempo é quem define como acaba isso tudo
Que talvez era besteira, e eu tampando com a peneira
Se preocupando atoa, e não passou de brincadeira
É sempre assim no momento nós vemos desesperado
E ao passar, aliviado parece que foi tão fácil
Desculpa desabafar, em uma letra de rap
Muitas coisas que eu disse muitos vive, ou já sentiu na pele
Espero que eu volte um dia com a solução, explicando, como suportar a dor sobre pressão