Apenas delirando
AstoriaLembro com o que sonhei
Ou será que apenas sonhava acordado outra vez?
Só você pode, embora distante, invadir minha respiração
Oscilando quando esqueço
Que não há sentido algum ou espaço em mim pro incerto
Em meio a tantas lembranças que eu mesmo inventei
Como daquela vez em que nada aconteceu
Nos olhos mais negros em que não vivi
É constante e barulhenta
A presença de tão silente ausência
Apenas delirando sobre aquele dia em que nada aconteceu
Apenas delirando...
Velhos modos em pedaços
Ainda lembro com o que sonhei
Ou será que apenas sonhava acordado outra vez?
É o mesmo instante que rasga a calma, inundando os meus planos
A quem pertencem teus suspiros?
Se continuo a fingir que você também finge
Assombrando outro inverno
Arruinando meus disfarces
Sangrando em teimar certas manhãs
Quando estivermos tão longe quanto perto
São apenas alucinações
Sobre seus dias nada extraordinários
Apenas delirando sobre aquele dia em que nada aconteceu
Apenas delirando...
Eu poderia jurar... suponho jamais saber
Estaremos sempre lá para nos fazer duvidar
Como naquela canção que não era sobre nós
E nem poderia ser
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