Antiga moradia
Biá e dino francoRever tristonha mente tuas velhas dependências
De mim tu não te lembra porém eu me apresento
Eu sou um dos teus filho de quem foste residência
Ainda era crianças quando meus pais se mudaram
E mesmo la distante eu te conservei comigo
Me livraste da chuva e das noites de geada
Me dando como teto seu aconchegante abrigo
Que Deus te pague fiel amiga de minha infância
Pois todo bem que a mim fizeste não esqueci
A ti eu dei meu amor sincero desde criança
E seguirei toda minha vida pesando em ti
Antiga moradia companheira do passado
Pertence ao crepúsculo das tardes coloridas
Somente o curiango vem cantar no teu terreiro
Em vozes que entristecem o final da tua vida
E quando chega a noite se escuta muito longe
Os roncos apavorosos de um feroz lobo assassino
Em meio se transitam solitários vagalumes
Na quietude imensa que conduz o teu destino
Antiga moradia corroída pelo tempo
A tua cobertura vai aos poucos demolindo
Tal qual as minha forças que também se esgotaram
Na longa caminhada que até hoje estou seguindo
O nosso pai supremo concedeu-me o direito
Em vir de muito longe dar a minha despedida
Tu ficas coroada como poder da velhice
E eu serei levado pelo vendaval da vida
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