- já mais não há – diz quem não crê
- diz que é ilusão
- sorte de quem
Vasta cidade
Festa de alguém
Nome da moça
Pra querer bem
Logo ansiosos,
Logo a paixão
Pronta amizade
Sonhos na mão
Café na tarde
Roupas no chão
Contando par de meia e colchão

Deixando à mostra toda intenção
Trens de partida
Pés no vagão
Juntando areia
Ferro e canção
Saudade vida e pão
Bradava o sol
Bastava o som
Brandava o mar
Bastava era amar
E eram o azul
Vento qualquer
Pedra e luar
Ouvindo os dois
Beijando a noite
Deixando o mar
E ao longe um carro de bois
Inaugurava a manhã
Certo é que há
Flor mais banal
- diz que essa dor
- deu no jornal
Felicidade, chuva e varal
Eram crianças correndo no quintal
E a cidade sumiu nos seus braços
E o pecado era mera invenção
E a tempestade e a nostalgia
Miravam do portão

Brincar cansou
Tarde aquiesceu
Luar piscou
Noite entendeu
E o nosso amor
Tonto de rir
Deitou na paz
Pronto pra dormir

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