Ceano

Continente azul

Ceano
Passou por mim, assim, como eu nunca vi?
Sem cerimônia me pegou pela mão e me tirou pra dançar
A dança errada, caí da escada
Procurei a tua mão, pra me ajudar a levantar

Confesso que fiquei exausto
E quis não mais voltar
Você me parou então e eu estava em seu lugar

Não me deixe só, não me deixa aqui
Sem ter motivo algum pra esperar o por do sol
Ouço tua voz, em lugar nenhum
Me despeço do passado pra poder olhar pra frente
E finalmente ser quem sou

Não preciso de ensaios, preciso de promessas
Que não se quebram com o tempo que já foi
Dois anos no escuro sem enxergar a própria sombra
Me desfaço em verdades, certezas, novidades

Me anestesia de tudo com um abraço só
Fazer um chá de lírios da tua insegurança
Me deixa ver, que o futuro é bem melhor

Me deixa ver se o mundo é todo nosso
Vejo pessoas em seus lugares simples
Sem nem imaginar que existe uma saída
Pra tudo isso que eu chamo de verão

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