Décimo quinto
Ceano
Não importa que o tempo passou
Daqui nada levei, perdi tudo que sou
Perguntas feitas sem vontade de saber
Descobrir que agora é tua vez
Daqui nada levei, perdi tudo que sou
Perguntas feitas sem vontade de saber
Descobrir que agora é tua vez
De ser vontade e nunca satisfazer
De ser verdade mas não poder me dizer
Eu não quero saber que a chuva virá
Eu não quero viver pra sentar e esperar
Me diz então a sensação
De cair do último andar
Abri a porta
Levei uns anos pra me acostumar
A ver a vida torta
Tentei sair pra ver o mar
Talvez fosse verdade
Ou talvez fosse encenação
Talvez fosse pecado
Ou talvez fosse salvação
Me desculpe por querer ficar
Agora estou sem teto pra me abrigar
Que na verdade era tudo ilusão
Me diga que nao vai voltar
Me diga que você está
Correndo no lugar
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