Em nossas mãos
Cinara ribeiro
Em nossas mãos
Estão todos os berimbaus
Nas nossas mãos o caminho do bem e o mal
As mãos que se retraem e se entregam
Estão todos os berimbaus
Nas nossas mãos o caminho do bem e o mal
As mãos que se retraem e se entregam
Dando carinho ou se estendo em vão
Nas nossas mãos se preciso carregam pedras
E até descasam quando calejadas
Procuram seus anéis
Mãos que balançam berços
E batucam os tan tans
Mãos que remarcam preços sem pensar no amanhã
Mãos que nunca se abrem reneganando a ralé
Mãos que não tomam jeito
E reman contra a maré
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