Cn a sigla

Castelos

Cn a sigla
Você é voz, de nós, ou eco de sí mesmo
O mundo aqui de fora, é mais belo do que de dentro
Com tempo, você perderá mais tem vitória
Pra poder respirar o ar de fora dessa gaiola

Eu me vi, repartir, meu universo ao meio
Prevejo, pessoas chorando em frente ao espelho
Com medo que o monstro feio, seja feroz
Igual os seus devaneios, que só engana e destrói

Vejo de fora da gaiola, um mundo de submissão
Em conflito por politica, dinheiro e religião
A oração, da ovelha de joelho
Que só obedece o templo, com ordem do pastoreiro

Virei o patinho feio porquê não fui submisso
Prova do conhecimento, e te expusão do paraiso
Tá aí outro conflito, que mexe muito com migo
Quem que inventou o pobre, quem que inventou o rico

Mais ver só, como é que funciona o outro lado
Nos carneiros tem mansão, no oitizeiro tem barraco
Eles coleciona carro, nós aqui mal tem de mão
Lá eles são empresários, nós aqui é construção

Mas brou, se tu se esforçar tu também enrica
História pra boi durmir, não sou de família rica
Se eu fosse um corte real, bragança ou hacker
Eu não iria me importar, papai pagava faculdade

Sei, lá, mais vamos voltar pra realidade
Em cada mente um carnaval dentro das comunidades
Em cada comunidade, são semelhantes as leis
Não quero ficar pra trás se eu burlar a de alguém

Como dizia o sabotage, respeito é pra quem tem
Pra quem tem, pra-quem-tem
É cada loco na cidade querendo ferir alguém
Vivemos por trás das grades, em casa somos reféns

E chega de surpresa, uma garoa fina
Já caiu sobre a telha, nem quis uma conversinha
E na capa da veja mais uma coroa rica
Te enfiando uma bandeja cheia frases racistas

Eu vi que poucos liga, caga pra periferia
Filhos das escravidão, vitimas da covardia
Quero que tu reflita, olhando pela janela
Para pra pensar como é que surge uma favela

Você é voz, de nós, ou eco de sí mesmo
O mundo aqui de fora, é mais belo do que de dentro
Com tempo, você perderá mais tem vitória
Pra poder respirar o ar de fora dessa gaiola

Eu me vi, repartir, meu universo ao meio
Prevejo, pessoas chorando em frente ao espelho
Com medo que o monstro feio, seja feroz
Igual os seus devaneios, que só engana e destrói

18 de novembro de 2017, já tou com meus 18, passei dos 17
E as horas se perde, com o horário de verão
Tô precisando dormir
Que amanhã tem mutirão

Continuo com meus castelos
Lembro dos manos que cresceu com migo e tão no cemitério
Mané, gugu, jaison, talinho
Deus guardou num bom lugar, e iluminou os seus caminhos

A trilha é de espinhos, travam guerra pra ter paz
Todos vão morrer sozinho, e as flores ficam pra trás
Muitos loco aqui jaz, quer um futuro mais digno
Desviando do trafico, que só quer um vacilo

Pra vim se reproduzindo, um efeito dominó
Plantando uma revolta, sonho de cata os b.o
Pega um mano que tá só, 2 anos desempregado
Da que pro fim da estrofe, já foi 2 para o buraco

Por isso que eu fico puto, é isso que me incomoda
Construiro uma pá de praça, no oitizeiro nem uma escola
O boy que repassa a droga, eles chamam de marginal
Não dá uma porra de um emprego, e diz que é constitucional

Não fala do policial, cata a massa apreendida
Pra vender lá nos carneiros, e fornecer a burguesia
Ah, que hipoclisia, 3 oitavo não dá nó
Quer subir de patente armando vários b.o

Olha fita, assim que é minha rotina, meu castelo é meu
Se for loco roube minha brisa
Se morrer é uma sina, a morte faz parte da vida
Esse bagulho tem um fim, então qual o sentido da vida

Tô sentindo mó sensação esquisita
Loko, eu tô ficando doido, tô vendo fitas
E filmes, parecem ser de uma época antiga
No tempo em que se dava flores pra pessoas em vida

Você é voz, de nós, ou eco de sí mesmo
O mundo aqui de fora, é mais belo do que de dentro
Com tempo, você perderá mais tem vitória
Pra poder respirar o ar de fora dessa gaiola

Você é voz, de nós, ou eco de sí mesmo
O mundo aqui de fora, é mais belo do que de dentro
Com tempo, você perderá mais tem vitória
Pra poder respirar o ar de fora dessa gaiola

Eu me vi, repartir, meu universo ao meio
Prevejo, pessoas chorando em frente ao espelho
Com medo que o monstro feio, seja feroz
Igual os seus devaneios, que só engana e destrói

Está acontecendo uma luta dentro de mim
Uma luta terrivel entre dois lobos
Um é mau
Ele é a raiva, inveja, tristeza, arrogância, culpa, ressentimento, mentiras
Falsidade, superioridade e o ego

O outro é bom
Ele é a alegria, o amor, paz, serenidade, benevolência, generosidade, verdade
Compaixão e fé

E essa mesma luta está acontecendo dentro de você
E dentro de todas outras pessoas também

Sabes qual lobo vai vencer?
Você sabe qual é o lobo que vence?

O lobo que vai vencer é oquê você alimentar
É o lobo que vence é o lobo que alimenta
Então sê liga truta!
A real é tá na rua

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