Um gaúcho na balada
Comparsa sureñaEra uma festa lindaça
Onde macho paga pouco
E mulher entra de graça
Apertei o nó do lenço
Quando desci na parada
E botei na minha cabeça
Não importa o que aconteça
Eu vou ir nesta balada
Já na porta desta festa
Foi que eu me apavorei
A moça pediu os pilas
O que tinha eu alcancei
Me atou uma fita no pulso
Me apartou pra outro lote
E com esta novidade
Da pra beber a vontade
La num tal de camarote
Eu fui entrando com calma
Escutando a barulheira
Enxergava muito pouco
No meio da polvadeira
Foi Quando vi uma loca
Diferente pra dançar
Que no funck batidão
Se acocava nos garrão
Sempre no mesmo lugar
Tinha musica bem alta
E então eu perguntei
Onde que tava o conjunto
Disseram que era o DJ
Com um treco nos ouvidos
Era muito descuidado
De propósito o vivente
Puxando de trás pra frente
Deixava o disco lanhado
Eu fui pro lado da copa
E me escorei no balcão
Perguntei se tinha canha
O moço disse que não
Red Bul e Red Label
Te agradeço meu irmão
Nessa vida de arremangos
Só conheço red angus
Que é o gado do patrão
Então fui fazendo a volta
Pela borda do salão
Quando se veio uma loira
Me puxando pela mão
Me apertou no tal de arrocha
E na noite de verão
Com o balanço da guria
Eu espumava nas viria
Que nem suor de redomão
Mais adiante uma morena
Não parava de me olhar
E perguntou no ouvido
Se eu queria ficar
Respondi no pé da letra
Cheio de ingenuidade
Domo égua a reviría
E não tenho tempo guria
De ficar pela cidade
Eu cheguei na conclusão
Depois desta gauchada
Prefiro um baile de campo
De chão batido e ramada
Aonde as china da vila
Sentem coceira nos pé
Pra bailar a noite inteira
No balanço da vaneira
Com um índio do capané