Como são criado os bang
Consciência periféricaNão me fez fraquejar nem parar no meio da estrada,
Ao contrario deu força perseguição dos policias
Fofocas dos vizinhos invejas rendeu malicia,
" Fazer o que se e perifa e é sempre assim
Quem te chamar de irmão tem intenção de caim "
Mas eu vou falar o quê? Tem hora que e canseira
Indo trampa com olheira sem dormir a noite inteira
Pensando no aluguel atrasado tem uma pá
A comida que acabou, a luz que já vai cortar,
Fico tenso, repenso em tudo a minha volta
Da vontade de catar os malote na revolta
Enquanto o boy pagando de camaro amarelo
O mano ta aguardando sua visita de chinelo
Passar o pó mais ligeiro com zome na extorsão
Não aceitam concorrência se não pagar e valão
E com tanta fita podre que vejo ao meu redor
Vão se formando os bang nas ruas de apgo
Eu sei que aqui se criam sempre os bang loucos
Para serem reis tem que meter pipoco
Os meninos bons ainda de menor
Sonham em ser respeitados nas ruas de apgo
Cansei de ver minha mulher e meu filho
Olhando na tv querendo ter tudo aquilo
Eis me aqui, narrando que a mídia te mata
Te mostrando tudo que o salário mínimo não paga
Apgo me ensinou que pra viver aqui
Mesmo eu não querendo ir pro crime tinha que ir
E olha só fui entrei no movimento
Menos de um ano virei patrão do momento
Deixei de canto o trampo que dava
Carteira assinada descobri que não rolava
Eu uma troca com os ratos de cinza
Me liguei que o meu mundo era com minha família
Hoje to aqui privado da liberdade
Longe de tudo descriminado pela sociedade
Expressando minha trajetoria no mundo do crime
No cepaigão fechado onde o sistema reprime
Eu sei que aqui se criam sempre os bang loucos
Para serem reis tem que meter pipoco
Os meninos bons ainda de menor
Sonham em ser respeitados nas ruas de apgo
A lágrima do sofrimento que desce cada momento
A falta de esperança financia o armamento
Do muleque do fundão, louco vivendo nas ruas
Aos bandidos que trocam tiros com os ratos das viaturas
Os bang nascem onde você tru, nunca espera
Esta no globo irradiando na atmosfera
Quando eu vejo o sangue coagulado escorrendo na faca
As gotas pingando no chão o crime não admite falha
Com a mente psicopata se tora um retalhador
Refém do medo que o sistema criou
Sem oportunidade o excluído solitário
Que chora no silencio futuro presidiário
Não adianta vim com a bolsa esperança
Preconceito maldito matam o sonho da criança
Que foi através do crime que escolheu a sua vida
Pois a necessidade voraz força a corrida
Eu sei que aqui se criam sempre os bang loucos
Para serem reis tem que meter pipoco
Os meninos bons ainda de menor
Sonham em ser respeitados nas ruas de apgo