Turbulento
ContextoTurbulento, eu tô vendo os monstros na minha bota
A garoa com gosto de morte e eu saudando o tempo
Empáfia confunde, suor desce lento
Eu já sabia não tinha escolha, fui pelos meus
Não me queriam pra fora, deu no que deu
No calor da emoção eu me despi
Eu consegui descobrir, veni vidi vici
Nada tinha sentido nem o inferno de dante
Era alcatraz, masmorra, guerra de sangue
Eu numa prisão de fora pra dentro
Eles chupando meu sangue, eu tava morrendo
Trouxe tal fobia que a disputa intercala
Entre ser alguém ou morrer como um nada
Não eram afáveis palpáveis, os inimigos
O pior que eu descobri é que eu era o abrigo
Sem direção, condição, sozinho eu não aguento
E resistir à pressão, tudo é tão turbulento
Na tatuagem riscada chamada marca de vida
O vestígio da caminhada faz vitalícia a ferida
Tramei, despertei a força, eu sou o caos
Eu fui frio, fui sombrio resisti como Spawn, que tal?
Cheio de coragem e ninguém esperava
Reclama da topada e o sentido não vale nada
É que eu já não tenho tempo e quem dirá ter temor
Sou um quadro de Basquiat que a vida me pintou
Passei a infância criando, o mundo real me sangrava
E descobri com as verdades que tudo se transformava
Eu vaguei noites no automático, estático
O teórico era reprova, não fiz comporta fiz ático
O pós-moderno Focault com alma de Amy Whinehouse
O Nietzche me provocou, fez me sentir uma fraude
O silencio é a gentileza do perdão que espera o tempo
O grito acaba com a paz, com todo o sofrimento
Naquele tumulo, epitáfio, me lembro que tava escrito
Aqui jaz alguém que continua vivo
Sem direção, condição, sozinho eu não aguento
E resistir à pressão, tudo é tão turbulento
Na tatuagem riscada chamada marca de vida
O vestígio da caminhada faz vitalícia a ferida