Até o céu

Sentado observando o céu
Transmitindo os pensamentos prum pequeno
Pedaço de papel
A lua brilha em torno trazendo inspiração
Empenhado em sua graça eu faço parta da constelação
E sinto o ar tocando em meus cabelos
Quando chega a calmaria radicando pesadelos
Vai mudando o clima quando tudo tranqüiliza
O tempo paralisa sigo no fluxo da pista
Feito um poeta irônico pateta narrando a paisagem
Na viajem sem motocicleta
Não sinto mais o chão, no ar eu movo os pés Intocável como Elliot Ness
Eu gerencio meu planeta
Os sons batem pesado como o soco do gigante Bob Sapp
Ou quem sabe até um tiro de escopeta
Concretizando idéias como um passe de magia com a caneta
Tamo na luta firme no compasso até a ultima parada enfrentando os obstáculos, os altos e baixas momentos intercalam
Um sentimento simples fica as vezes complicado
Perdido pelo o espaço me lanço sobre a linha
Uso a essência como bússola e é isso que me guia
Os vats e fitas como a minha alga grita
Nas cores os meus remédios injetados pela tinta
Sob a loucura toda desse imenso caos eterno
Faço minhas equações pra deixar tudo em zero
Sem fugir do meu instinto procurando equilíbrio pra jamais explodir mas sem deixar de ser sincero
Então eu amo, eu xingo, abraço, eu brigo, acerto e peco
Pois eu insisto e não desisto
As vezes me deprimo nisso eu penso e confesso
Porém sigo na busca até o céu ficar completo

Rodovias, marginais, luzes espectrais
Sonhos de vida em grandes quedas
Verticais como se vê todo dia
Mas eu viajo voando e flutuando por cima
Com panorâmica vista
Produtor líricista
Entusiasta do papel e da tinta fitando as nuvens multicoloridas as nove e meia da matina
Na fumaça industrial que cobre a city na surdina
Em meio as decepções e alegrias mais vivas
O coração move turbinas e acelera em direção ao futuro
As asas batem e nenhum sentimento eu censuro
As direções são variadas de acordo com o que busco
Mas eu relaxo e me lanço espaço pelo espaço que é mais puro
Ser tão vasto quanto cosmos obscuro ao léo
Mc's na aptidão e na saga cidade da missão que vai até o céu

Numa simples linha reta um estado simultâneos
Restos mortais de estrelas no tecido subcutâneo
Desafia a gravitação e as forças magnéticas
Levito palavras pra bem além da estética
A criação é solitária mais almeja platéias
Implosão de conceito crio expansão de idéias que me empurrão pelo cosmos, fluindo num rio buscando qualidades que existem até no vazio
No desafio de alcançar uma existência completa
Sem tirar os pés do chão o céu é a minha meta
Escondido na métrica um enigma cifrado
Paradoxos empilhados, paradigma humilhado
Anjo perdido sem as asas caído do céu
O preferido da casa foi jogado ao léo
Vibram cadeias de carbono pura freqüência
Somos todos um só e essa é a pura essência