Crônica urbana

Caminhos

Crônica urbana
Caminhos - (Eduardo Cossomano)

Embora siga teus passos
O meu caminho é outro
Teu caminho é covardia maldade corrupção
Meu caminho é atitude e evolução

Como numa terra de cegos
Não posso acreditar
A verdade que eu vejo sobre as coisas sobre a vida
Taxado pobre louco a delirar

Sou louco ninguém pode me julgar
A justiça não é farda
A justiça está no altar
A verdade não é branca
O crime não é negro
A favela não é boca
Muito menos cativeiro

Tudo é tão claro pra mim
Tão obscuro pra os outros
Se sentem medo de mim
Eu sinto medo é dos outros

E a solidão é só minha
O coletivo é dos outros
Mas a verdade é o que faz
Surgir tudo de novo

E surge tudo de novo

Desonestidade proclamada assim será
Chamem de partido que eu chamo de quadrilha
Chamem de verdade que eu chamo de mentira
Chamem de promessa que eu chamo de hipocrisia

Garoto pobre calibre 38
Ônibus lotado nenhuma moeda no bolso
Equação preliminar
E o resultado desta soma!

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