Devendra

O pródigo das asas de cera

Devendra
Engrenagens que manipulam a máquina
Que palpita em meu peito
Bandagem para esconder a palidez
E as marcas, mesmo liberto do leito
Falsas armas que me dão
A sensação de um breve carpe diem

Singela insensatez de ingenuidade e barbárie
São filosofias

Ataduras e tubos maquiam feridas criadas
Por filosofias secas, como as folhas do outono

A natureza de meus atos niilistas
Me impede de ver
A suavidade da aurora ao amanhecer

Resgate em meio à chuva de flechas
O gosto amargo da morte
Que toca os céus trazendo com ela o veneno
Que mortifica minha carne
Luz turva que clareia o horizonte estrelado
Que clareia o céu

Luz pra eu andar, meus pés
Em terra firme vão caminhar
Em meio à Babel
Em chamas, juntos vamos cear

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