Escrituras (para ouvir)
Distúrbio verbalTransformando em aconchego esse ar seco
Suplico a cada vento pois sei que intercedo por vocês
Internos da guerra nosso canto eu te ofereço
Caluniaram os tempos daqui
Só eu vi o quanto o homem teve que cair pra só um sucumbir
Surreal ver dessa foto e como trocam as imagens
Rogo a cada queda que não desfoquem da mensagem
Louvo no jardim submerso onde o verde explana
Sendo assim, me torno o réu no fim de cada trama
Imperfeitos gênios deixou trauma na vida terráquea
Tão má a carga carregada, reflete na alma.
Visível a barreira que nos toca
Manipulam o incompleto, herege falha eternamente e leva o interno
Inconfessos nos rodeiam inconscientes
Ausente internamente mas no senso ciente
Vejo mais alem do que o globo mental difere
Não me prendo onde repelem, nem que rasguem minha pele
Louco abre o olho é camuflada a ditadura
Tire essa atadura e faça parte da escritura.
Não estou aqui pra ofender
Separo o ser do ter, me desprendendo de assuntos que me faz adoecer
Entorpecer, apenas para o vazio preencher
Pras mães entristecer enquanto vê você tremer
Reaprender, antes de se vender, poder
Plantar para colher é o que faz enobrecer
Reviver, absorver, sem se comprometer
O mundo exige mais do que só se converter
Na narrativa do descaso socorrer, escrever
Por linhas tortas inverter, pros loucos debater
Reascender a chama que me faz enlouquecer
Nascer, morrer e tudo vai apodrecer
Enriquecer, pra que? Pro ego interceder
E todo seu caráter já começa a distorcer
É como um anjo se beber, esquecer, desproteger
Conceder ao inimigo o prato cheio que é você
Contorcer e tudo o que já viu reaprender
Vivemos na mentira pra se alto promover
Cansado de maldade, absorver, sou DV
Meu mundo é complicado pra tentar subverter
Alterado do meu estado normal peço um minuto
Nem tudo que escuto é pertinente ao meu usufruto
Uma brasa sozinha não aquece
Logo se apaga e some, enquanto homens dormem.
Vagam de olhos abertos buscando calor onde o gelo queima a tua pele, e tua alma fere (segue)
Não me acelere a diante, ande
Busque tua lenha
Saiba que quando esquecer dos motivos se apagam os poemas
Acenda a tocha em teu espírito aflito
Não gere conflito, por aqui tudo é atrito
Mesmo se eu digo pra minh'alma que não minto sou detido por que a carne é fraca e nela eu habito
Inspirado no som
Minha língua fabrica a escritura de um tom
Joelhos ao chão, espada na mão
Meu louvor não é em vão ele traga o dragão
Eu não corro da guerra, se morro na terra
Meu socorro opera onde meu pai impera
A escritura ficará para audição
E pra aqueles que se foram eu deixo uma saudação