A conversão do apóstolo saulo (part. 2pe)
Eloy polemicoA cidade é ranzinza, de colheita só desfeita
Imperfeita. Buraco. Patriotismo fraco
Ansiedade invade a rotina em tabaco
Predomina o opaco, de lixo enche o saco
Se preenche em vácuo o coração de cada eu
Faz o seu e eu faço o meu, a lei que sempre prevalece
Mas o seu também é meu, geral que sempre se esquece
Enquanto uns mal se aquecem, uns de scarf, toca e pele
Aqui repele a atração, toda atenção a quem enriquece
Uns desce, uns sobe, são nobres, são pobres
Com ouro, ou com cobre, humildes, esnobes
Se encobrem os valores, cidade onde falta cores
São mil odores, entre jovens e senhores
Guindastes e tratores, figurando o cenário
E a rotina se resume em depender do seu trabalho
São vidas coexistentes
São paulo é quente, é fria, vida sincronia
São dias descontentes
Tão sombria e reluzente, há quem tente a fatia
San paolo é tão vazia, lotada
Irradia, agonia, entedia
Quem sente, feliz, deprimente
Tão gris, conivente
Desanestesia
Gente que da nó, gente que domina
Na city sp, só o caos predomina
Uns tomam vitamina, outros ritalina
Uns tomam a menina, outros a propina
Roubaram sua paz, dormindo no busão
Nem descansa mais, um fute nunca mais
A vida não mudou, o que mudou foi sua visão
Cidade hi tek pros moleque, é maior mamão
Vinga sua cria, morre outra na pia
Um ponto a mais pro álcool, menos um no palco
Varias atrações, ideologias mistas
Machistas, femistas, nazistas, racistas
Fo da se, esse é o lema de geral
O verde vira cinza, ritual banal
Quase uma pintura de salvador dali
Fácil se perder tão quanto se iludir em sp