A Ópera dos malandros
Emerson dias
Entra na roda, malandro
E mostra o riscado
No batuque furioso
Ninguém fica parado
Chame a morena faceira para sambar
Quebra daqui, quebra de lá
Faz o povo delirar
E mostra o riscado
No batuque furioso
Ninguém fica parado
Chame a morena faceira para sambar
Quebra daqui, quebra de lá
Faz o povo delirar
Lalaia
Na palma da mão pro couro comer
Lelelê
Sambar miudinho até amanhecer
Malandro, eu ando querendo falar com você
Rei da ginga não leva rasteira
Nossa ópera vai começar!
Olha o mendigo na avenida a festejar
Madame cai do salto na Mauá
E lá no morro fui um rei na solidão
Dama da noite machucou meu coração
‘’Dói, dói, dói, dói, dói
Um amor faz sofrer
Dois amor’ faz chorar’’
Sorte! virei o jogo!
Cantei pro povo
Canções à mesa de bar
Sou carioca de fé
E carregado de axé
Clamando a paz
Vou remando contra a maré
Agora eu quero ver
Quem é malandro não pode correr
Salgueiro tem um jeito assim
De chegar tão mansamente
E tomar conta de mim!
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