Epfânia

Não sei

Epfânia
Composição: Carlos Cruz

Claridade. Chegou o dia, mais um dia.
O café, a gravata, o sorriso, a despedida.
Um beijo na mãe, um abraço no pai, um afago nos filhos...
Vamos indo!
O cartão, a secretária bonita com seu vestido e o sorriso estampado no rosto.
O aperto de mão e a esperança de um bom dia, (rotina).
Tudo ia bem, rotina
Muito trabalho e as fotos da família, já ia batendo a saudade...
Tudo tremeu de repente com o escuro que veio do claro do céu.
A fumaça tomou conta dos nossos sonhos.
E as crianças estão chorando sem saber porque.
Sem entender o que se passa, o que se passa?
Apenas choram apavoradas perguntando pra Deus!
Que Deus? Que Deus? Que Deus? Que Deus?
Tudo acabou. Escureceu. Terminou.
A fumaça tomou conta dos nossos corações banhados de sangue e de ódio
Que nenhuma criança conhece, entende ou sequer sabe que existe.
Agora só nos resta aguardar o futuro... Que futuro? Que futuro?
Precisamos fazer a nossa parte para um mundo melhor, com ?Deus no coração.
Oh! Deus! Guarde nossas vidas, nossos sonhos e nossas almas!
Deixe nossas esperanças ainda pelo ar.
E assim foi mais um dia, uma vida, um sonho, mas, não a esperança...

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